Quarenta anos de vida literária, por assim dizer ininterrupta, é muito ano. Aqui ou em qualquer outro lado, mas talvez mais aqui, por todas as razões conhecidas. O balanço – quem sabe? – até poderá estar espelhado nesta entrevista. Em suma: o ofício de escrever é indissociável do ofício de viver, e ao cabo de quarenta anos, com os júbilos e as dores de todas as vidas e de todos os ofícios, o que importa, mais do que os encantos ou os desencantos, é, por um lado, a dúvida ou a certeza sobre se soubemos respeitar os outros e a nós próprios e se, enfim, realizámos uma obra. Se efectivamente a realizámos, ela aí está. Os outros que a julguem. Com isenção e sensibilidade – os que forem capazes disso.
domingo, 9 de outubro de 2011
16. entrevista conduzida por Baptista-Bastos (1978)
- Quarenta anos de vida literária completou o Fernando Namora. No balanço dessa actividade, fale-nos dos encantos e dos desencantos.
Quarenta anos de vida literária, por assim dizer ininterrupta, é muito ano. Aqui ou em qualquer outro lado, mas talvez mais aqui, por todas as razões conhecidas. O balanço – quem sabe? – até poderá estar espelhado nesta entrevista. Em suma: o ofício de escrever é indissociável do ofício de viver, e ao cabo de quarenta anos, com os júbilos e as dores de todas as vidas e de todos os ofícios, o que importa, mais do que os encantos ou os desencantos, é, por um lado, a dúvida ou a certeza sobre se soubemos respeitar os outros e a nós próprios e se, enfim, realizámos uma obra. Se efectivamente a realizámos, ela aí está. Os outros que a julguem. Com isenção e sensibilidade – os que forem capazes disso.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Quarenta anos de vida literária, por assim dizer ininterrupta, é muito ano. Aqui ou em qualquer outro lado, mas talvez mais aqui, por todas as razões conhecidas. O balanço – quem sabe? – até poderá estar espelhado nesta entrevista. Em suma: o ofício de escrever é indissociável do ofício de viver, e ao cabo de quarenta anos, com os júbilos e as dores de todas as vidas e de todos os ofícios, o que importa, mais do que os encantos ou os desencantos, é, por um lado, a dúvida ou a certeza sobre se soubemos respeitar os outros e a nós próprios e se, enfim, realizámos uma obra. Se efectivamente a realizámos, ela aí está. Os outros que a julguem. Com isenção e sensibilidade – os que forem capazes disso.
15. entrevista conduzida por José Viale Moutinho (1980)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
14. entrevista conduzida por Sandro Ottolenghi (1980)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
13. entrevistas a «O Diário», a segunda delas conduzida por Miguel Serrano (1979-80)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
12. entrevista conduzida por Fernanda Granadeiro (1978)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
11. entrevista conduzida por António Carvalho (1978)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
10. entrevista conduzida por Artur Portela (1978)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
9. entrevista conduzida por Fernando Dacosta (1977)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
8. entrevista conduzida por Jacinto Baptista (1975)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
7. entrevista conduzida por Luís de Miranda (1974)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
6. entrevista conduzida por Josué da Silva (1973)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
5. entrevista conduzida por Manuel Nunes (1971)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
4. entrevista conduzida por Serafim Ferreira (1970)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
3. entrevistas conduzidas por Alexandre Manuel (1969-76)
- As palavras «noite» e «madrugada» aparecem com insistência nos títulos dos seus livros. Tem o facto alguma sugestão especial?
Já me têm chamado a atenção para essa alegoria antinómica, que decerto sugere quanto tudo na vida reflecte uma dialética de oposições; quanto tudo na vida é noite (desespero, resignação, sofrimento) e manhã (renovo, alívio, fé), ou a tensa perspectiva de um desses estados, com a sua eventual representação objectiva. No meu caso, haverá ainda outros componentes no espectro de tais vocábulos. A noite, só por si, vivo-a como a explosão de contradições, uma irrealidade de negrumes de mistura com um fulgor ofuscante, que o dia dissolve na luz concreta. Sou um insoniado. A noite inventa-me ou exacerba-me conflitos e observa-os sob uma lógica específica; o dia restitui-lhes a exacta ou falsa dimensão.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Já me têm chamado a atenção para essa alegoria antinómica, que decerto sugere quanto tudo na vida reflecte uma dialética de oposições; quanto tudo na vida é noite (desespero, resignação, sofrimento) e manhã (renovo, alívio, fé), ou a tensa perspectiva de um desses estados, com a sua eventual representação objectiva. No meu caso, haverá ainda outros componentes no espectro de tais vocábulos. A noite, só por si, vivo-a como a explosão de contradições, uma irrealidade de negrumes de mistura com um fulgor ofuscante, que o dia dissolve na luz concreta. Sou um insoniado. A noite inventa-me ou exacerba-me conflitos e observa-os sob uma lógica específica; o dia restitui-lhes a exacta ou falsa dimensão.
2. entrevista conduzida por Fernando Teixeira (1969)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
1. miscelânea de entrevistas conduzidas por jornalistas estrangeiros (1963-65)
- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.
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