Quarenta anos de vida literária, por assim dizer ininterrupta, é muito ano. Aqui ou em qualquer outro lado, mas talvez mais aqui, por todas as razões conhecidas. O balanço – quem sabe? – até poderá estar espelhado nesta entrevista. Em suma: o ofício de escrever é indissociável do ofício de viver, e ao cabo de quarenta anos, com os júbilos e as dores de todas as vidas e de todos os ofícios, o que importa, mais do que os encantos ou os desencantos, é, por um lado, a dúvida ou a certeza sobre se soubemos respeitar os outros e a nós próprios e se, enfim, realizámos uma obra. Se efectivamente a realizámos, ela aí está. Os outros que a julguem. Com isenção e sensibilidade – os que forem capazes disso.
domingo, 9 de outubro de 2011
16. entrevista conduzida por Baptista-Bastos (1978)
- Quarenta anos de vida literária completou o Fernando Namora. No balanço dessa actividade, fale-nos dos encantos e dos desencantos.
Quarenta anos de vida literária, por assim dizer ininterrupta, é muito ano. Aqui ou em qualquer outro lado, mas talvez mais aqui, por todas as razões conhecidas. O balanço – quem sabe? – até poderá estar espelhado nesta entrevista. Em suma: o ofício de escrever é indissociável do ofício de viver, e ao cabo de quarenta anos, com os júbilos e as dores de todas as vidas e de todos os ofícios, o que importa, mais do que os encantos ou os desencantos, é, por um lado, a dúvida ou a certeza sobre se soubemos respeitar os outros e a nós próprios e se, enfim, realizámos uma obra. Se efectivamente a realizámos, ela aí está. Os outros que a julguem. Com isenção e sensibilidade – os que forem capazes disso.
Fernando Namora, in Encontros (Lisboa, 1979-81)
Quarenta anos de vida literária, por assim dizer ininterrupta, é muito ano. Aqui ou em qualquer outro lado, mas talvez mais aqui, por todas as razões conhecidas. O balanço – quem sabe? – até poderá estar espelhado nesta entrevista. Em suma: o ofício de escrever é indissociável do ofício de viver, e ao cabo de quarenta anos, com os júbilos e as dores de todas as vidas e de todos os ofícios, o que importa, mais do que os encantos ou os desencantos, é, por um lado, a dúvida ou a certeza sobre se soubemos respeitar os outros e a nós próprios e se, enfim, realizámos uma obra. Se efectivamente a realizámos, ela aí está. Os outros que a julguem. Com isenção e sensibilidade – os que forem capazes disso.
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